(ENEM PPL - 2013)
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PESSOA, F. Mensagens. São Paulo: Difel, 1986.
Nos versos 1 e 2, a hipérbole e a metonímia foram utilizadas para subverter a realidade. Qual o objetivo dessa subversão para a constituição temática do poema?
Potencializar a importância dos feitos lusitanos durante as grandes navegações.
Criar um fato ficcional ao comparar o choro das mães ao choro da natureza.
Reconhecer as dificuldades técnicas vividas pelos navegadores portugueses.
Atribuir as derrotas portuguesas nas batalhas às fortes correntes marítimas.
Relacionar os sons do mar ao lamento dos derrotados nas batalhas do Atlântico.